quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um quê de andar nas nuvens

A amiga de unha vermelha diz a Luiza que seus olhos brilham de dar gosto. O seu amigo que mora longe lhe falou ao telefone que sua voz voz é dona de um veludo anormal, uma suavidade bonita de se ouvir. A irmã mais nova de Luiza lhe afirma por A mais B que as palavras do seu último email vieram coloridas.

Por que? Ninguém parece saber e, provavelmente, Luiza também ainda não, mas um acorde de sua música de todo dia desandou e Luiza desafinou de um jeito que não se explica.

E você sabe o que mais não se explica? O a-m-o-r.

Uma saudade de estar perto, se longe; de estar mais perto, se perto. Essa angústia de não saber quando o trânsito dará trégua e você verá a pessoa que te faz sorrir sem motivos aparentes (só por ser especial e ter um abraço que se encaixe perfeitamente nos seus braços).

É segredo ainda, mas, quando Luiza fala ao telefone, desenha corações ao invés de quadrados. E quando ouve uma música de amor acha que foi feita perfeitamente para ela. Anda cantando pela rua, checa as mensagens minuto sim e outro também, folheia os livros de poesia de quando era adolescente, vê nas estrelas seres cúmplices como há tempos não enxergava, não anda e, sim, flutua.

Tem coisas que são melhores quando não explicadas.

Nenhum comentário: