sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

gravidade

E daí que, hoje, enquanto eu dormia, uma gota de tristeza desobedeceu a gravidade e caiu em cima de mim. Despejou-se de um jeito bem forte no meu ombro e escorreu pra dentro do meu coração. Depois, levantei várias vezes do sono sentindo uma dor bem pesada rasgando meu peito, a boca seca, o sangue fervendo, o oxigênio sumindo de mim. Abri a janela, mas não passou. Andei pela casa, mas não passou. Olhei no espelho e não passou.

E sem saber de onde vinha essa gota (que virou avalanche), acordei com um pensamento latejante na cabeça: já fui muito feliz ao seu lado e poderia ser ainda mais alegre se você ainda falasse comigo e estivesse ao meu alcance.

Enfim... O sol chegou e, com ele, a sexta-feira. Espero (mesmo longe e sem saber de você) que seu dia seja bom com muitas gotas de coisas boas desobedecendo a sua gravidade.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Exatas 24 horas depois de colocar aqui o post abaixo, encontrei o que procurava. Posso dizer que pensamento positivo funciona e que quando seus amigos torcem por você as coisas andam pra frente mesmo!
E agora, sem nem ter tempo de apalpar a nova realidade (porque estou até a tampa de trabalho), estou no meio de umas 45 caixas de papelão cheias com tudo o que tenho, que é quase nada.
Mas, do meio da bagunça, sinto cheiro de coisas boas e gosto de um futuro bom. Embalo aqui, pra desembalar lá. Casa nova, com azulejos bregas, tudo vazio ainda, mas potencial de ter cara de "lar".
Obrigada!
=)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

pra sorrir mais e melhor

"Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo", disse Guimarães Rosa.

Prefiro acreditar no mestre Rosa.

Gosto de pensar que tem alguém mexendo os pauzinhos em algum lugar pra que minha agonia passe e meu sorriso volte a ser largo e exagerado.



Eu sempre quis ser ela

Sempre disse também que ela é a mais linda do cinema. Precisou a Folha dar:

"Audrey Hepburn foi escolhida a atriz mais bonita da história do cinema de Hollywood, segundo pesquisa publicada no Reino Unido. Ela protagonizou clássicos como "Bonequinha de Luxo" (1961). Angelina Jolie ficou em segundo lugar e Grace Kelly, musa de Alfred Hitchcock, em terceiro".

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ela sempre foi de dar adeus aos problemas depois do expediente, morder a vida com vontade e pular cada vez mais alto pra ver se pega o sol com a mão. É conhecida na roda de amigos como a menina alto astral, sorriso largo e gargalhada exagerada, e que quando bebe além da conta faz piadas um tanto sem graças (e como bebe!). Aprendeu a ser batalhadora, cultivar coisas boas, pensar na vida de uma forma positiva. Blá blá blá.
Mas também tem defeitos sérios. Além de se cobrar demais pelas coisas que apresenta, se importa demais com a opinião dos outros, se irrita fácil com gente folgada e não faz nada pra esconder isso, chora fácil com problemas antes de tentar resolvê-los.
Ontem levantou com vontade de ser mais ela mesma. Trabalhou, escreveu, andou, falou ao telefone, mandou e-mails e estava indo tudo super bem. Mas, antes de ir embora, alguém jogou graxa na sua parede com tinta fresca. E foi embora pra casa com a cabeça baixa e o sorriso sumido. Não olhou para os lados nem pro céu ainda azul por causa do horário de verão. Não falou oi quando chegou em casa e não atendeu o telefone do namorado. Deitou na cama e fechou os olhos, respirando pra encarar o perrengue de frente.
"Amanhã vai ser diferente", pensou.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

post sem pé, cabeça ou parafuso

De uns dias pra cá minha cabeça parece ter menos parafusos que o habitual. Vejam vocês como andam os acontecimentos.
- embalada pela louca vontade de ir ao show da Alanis e pela frustração de não ter corrido pra garantir meu ingresso, sonhei com ela. Estávamos na esquina da Duque com a Acre, em Londrina, e perguntava o que ELA estava fazendo naquele lugar bizarro. Sorríamos e conversávamos como duas amigas. Depois, o avião dela chegava (naquela rua mesmo a quilometros do aeroporto!) e ela ia embora... Oi?
- ontem, tomando café na Paulista, vi uma mulher que (podia jurar) era MUITO parecida com minha mãe. Lendo um jornal, sentada, com uma xícara na mão, a mulher tinha os cabelos curtos e negros, pele morena, olhos grandes e pretos também e um nariz empinado e lindo como o da minha mãe. Eu ainda tava com bastante sono (por isso o café) e não soube distinguir o que era e o que não era. Meu coração quase pulou pra fora. Achei que fosse uma surpresa - ela aqui em São Paulo, pra me fazer aquele cafuné, fazer o pão que eu gosto e tudo o mais. Quem sabe uma surpresa do destino, da vida... sei lá. Afinal, em dias difíceis, ter a mãe por perto é coisa de grã-fino, né? Peguei o celular e liguei em Londrina. Para minha tristeza, ela atendeu o telefone. Ela não estava aqui.
- no trabalho, apresento sintomas de um príncipio de Alzheimer. Sim! É sério! Esqueço de emails, recados, anotações, pessoas, obrigações. Verena versão Mundo da Lua mesmo! E o pior é que estou CHEIA de coisas pra fazer, o que significa que isso precisa acabar agora mesmo! Dá-lhe listinhas e mais anotações! (Sem contar que algumas coisas me irritam demais e não tenho saco pra ficar com cara de paisagem como se estivesse tudo bem). Manja?

Conclusão: Acho que preciso de FÉRIAS!

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Eu e minha amiga, Alanis. Ela é cantora e um dia vai ficar famosa.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

No Antares, a gente costumava brincar de pé-na-lata, caça-ao-tesouro, pique-esconde e casinha na árvore. Bastava ter tamanho suficiente pra entrar na dança. Integrante da turma que se prezava tinha que fazer bonito. Gente folgada, mimada, estava fora, não tava com nada. A criatividade tinha que ir longe.
A gente estendia uma rede (que compramos em uma vaquinha de semanas de mesadas) de um portão a outro e jogava campeonatos e campeonatos de volei. Quando um carro atrapalhava a festa esportiva, todo mundo ajudava a levantar a rede pra não enroscar na antena. O problema é quando a bola caía na casa com portões imensos e cercada daquelas árvores pequenas com espinhos. Espinho-espanta-crianças. É que a gente tinha medo da dona Julieta, portuguesa brava que morava lá, e a gente não tinha coragem suficiente pra pedir a bola de volta sem levar uns gritos na orelha. Mas ela sempre devolvia a bola, só que com a cara de quem tinha chupado uma dúzia de limões de uma vez só. E a gente suspirava com o desfecho.
Nos dias de chuva, a brincadeira não parava. Não podia! O baralho - regado a bolinhos de chuva de uma ou outra mãe que gostava de fazer - não deixava a gente ficar parado. Truco, tranca, tapão, buraco, dorminhoco...
Outra opção era brincar de escritório. A gente chamava todo mundo pra brincar, porque o nosso escritório era grande, uma grande firma.... A gente usava o barzinho do meu pai de cenário. O telefone velho e as listas telefônicas antigas eram a coisa mais importante. A gente revezava os cargos - eu, Jasmine, Aline, Tainá, Francine e minhas irmãs, claro. Diversão garantida.
Sabe uma época que não faltava ar nos pulmões, hemoglobina no sangue e amigos com quem contar nas horas difíceis? Então...
Hoje eu "brinco" de escritório todos os dias. Tenho uma mesa, um telefone e (veja só) um computador só pra mim. Mas não chamo ninguém pra brincar comigo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009