segunda-feira, 17 de maio de 2010

toc toc toc

Oi, pai
Estou escrevendo para saber se você está bem, se já fez os exames do coração, se parou de fumar e se está maneirando no trabalho e na gordura dos alimentos. Se você já fez aquele puta cruzeiro brega que tinha vontade e, se sim, recomenda? E sua mulher? Já se curou da bulimia e, se sim, já conseguiu engravidar?
Quero saber se você já aprendeu a ser mais macio com as palavras e, nesse caso, se já pensou no tempo que está perdendo com essa atitude teimosa de querer tão longe quem te quer tão bem. Seria bom ainda se você me contasse se a morte da menina Isabela faz algum sentido e se é certo crianças terem câncer ou qualquer doença doída pra chuchu. Me diz também: a saudade tem cura? Se sim, onde está guardada?
E, entre outros "ses", escrevo para te encontrar na minha memória. Afinal, você já está virando um simples fiapo de solidão aqui.
Espero que esteja bem.
Com amor,
Sua filha.

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