sábado, 26 de setembro de 2009

"Dona Marina olhou para trás e viu o filho saindo de dentro da mata fechada. Largou o peixe na bacia de alumínio, lavou as mãos nas águas do rio, enxugou-as nas pernas da bermuda que usava e correu na direção de Júlio, que continuava andando, sem pressa. Após o beijo carinhoso e o abraço apertado da mãe, ele sentiu-se protegido. Estava, finalmente, livre do inferno que era aquela vida em Xambioá. Tentou conter-se, mas não conseguiu. Chorou copiosamente, com o rosto colado ao ombro esquerdo da mãe. Apertava a boca com força, numa tentativa vã de abafar seu pranto. Chorou tanto que se sentiu fraco. Ao ver o filho naquele estado, dona Marina desesperou-se. Ela nunca vira Júlio daquele jeito."

do livro O Nome da Morte - a história real de Júlio Santana, o homem que já matou 492 pessoas, de Klester Cavalcanti

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com certa semelhança com o momento em que chego na casa da mãe.

Um comentário:

*Livia* disse...

Nossa, esse livro deve ser demaaaais!!

Bjs