Hoje a sensação é a de que tenho semeado um oco com relação a você. Mesmo te amando de uma forma que me escapa, suspiro pra te tornar possível em mim. E não quero conseguir, porque me dói. (É que me assusta lembrar de você todos os dias e não ter seu rosto por perto pra afagar como antigamente).
Daí que um pesar maldoso desenha minhas feições quando me dou conta de que não consigo dizer aos outros o quanto você me faz falta. (E ninguém parece querer ouvir). E, por isso, ando escondendo o sangue pisado e negando sua aproximação - uma aproximação que nunca foi embora e que, quando se retira, leva consigo as palavras.
O jeito é imaginar que você está apenas em uma viagem por terras diferentes e que, em breve, vai aparecer na minha vida, me levar pro estádio no domingão e falar sem parar sobre como você sabe da vida mais que eu - enquanto eu finjo que concordo com você.
Volta logo, pai.
Um comentário:
Mesmo achando que você escreve e sempre escreverá maravilhosamente...flor, fiquei deprimida agora!
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