quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Homem Glam existe?

Eu tava nesse shopping chato, cheio de gente moderninha e careta ao mesmo tempo. Em se tratando daquela cidade, era todo mundo bem caipira mesmo. E eu lá: insistentemente andando pelos corredores. Precisava achar uma feiticeira pra limpar a porra do carpete lá de casa! Já mencionei o quanto eu odeio carpetes?? Eu não tenho nada dessas perebas e alergias de poeira, mas ODEIO com todas as minhas entranhas limpar carpete. Cacete, coisa chata! O pior é que o trabalho sujo tem que ser feito por alguém. E eu não aguento mais ficar esfregando aquilo com vassoura vagabunda que quebra toda hora. Então, depois do entra-e-sai das lojas que em nada me ajudavam, eis que surgiu um potencial candidato a Homem Glam. Isso mesmo! Explico: desde que li o Máquina de Pinball, da Clarah Averbuck, fiquei imaginando como seria meu encontro com um Glam Man. "Homem tem que ser homem e conseguir ser mais mulher que eu. E é aí que entra o Homem Glam, que merece até uns itálicos e uns negritos", define estrategicamente a autora. Mas como eu sabia que era ele? Na verdade, eu não sabia. Por via das dúvidas, palpitei! Ele vestia o uniforme da loja que, certamente, ia me salvar naquele mar de mauricinhos cheios de gel no cabelo! Camiseta azul, calça cáqui suficientemente justa, cabelinho jogado tipo o Príncipe daquele filme de ogro, sorriso perfeito e branquinho, bochechinhas salientes olhos azuis, sabe? É claro também que não fiz nem metade do que a Clarah fez quando encontrou o Glam dela (até porque não sou ela nem de longe, né?). O fato é que o atendente aspirante a Glam ficou me bajulando de uma forma ridiculamente sedutora. Acredite, se quiser. Com paciência e determinação, me mostrou todas as opções. Montou e desmontou prateleiras. Sobe e desce escadas. Enquanto isso puxava papo e eu, como boa comunicadora, respondendo. Ele era tão bacana que achei melhor encarar o papo mesmo.

- Ah, eu? Moro em Sampa, sou jornalista, blá blá..., investi.
- "Sampa? Nossa! Que legal! Seu trabalho é legal? Blá blá blá... Queria muito ADEVOGAR lá...", disse o projeto de gente.
- Ah! Você vai ser ADEVOGADO??? - tóimnhóimnhóim.

Cacete! Ele falou ADEVOGADO mesmo? Não pode ser! Não sei ainda como é o Homem Glam (se é que há um), mas certamente ele não falaria ADEVOGADO! Encerrei a conversa, desisti da feiticeira, fui ao caixa e pedi um Durepoxi mesmo. Decidi consertar a quebrada lá do apê. Com certeza, vai limpar do mesmo jeito, vou gastar só 3 reais e não corro riscos de ter que ouvir coisas sobre a adevocacia brasileira.


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Moral da história 1: (Laris, emprestei essa de você tá?)
Em time que tá ganhando não se mexe. Se você precisa de uma coisa nova, experimente consertar a coisa velha antes com Durepoxi. Assim você evita esse tipo de decepção.

Moral da história 2:
Homem Glam existe mesmo??


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Pro mocinho-querido: Beijo, não me liga!?
Pra mãe: adorei a surpresa no bolso da minha jaqueta branca! ;)

8 comentários:

Larissa Saram disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa Saram disse...

"Mocinho-querido não me liga"
Oi, será que precisa de mais alguma dica pra ele entender que não rola nem um café no Mc!?
Eu voto no Rapha para Homem Glam!

Meggy disse...

Eu adoro pessoas que falam ADEVOGADO hahahahah, ela volta segunda.
PQP!
beijomechamanomim

Anônimo disse...

Ai, não!!!
ADEVOGADO é de doer o coração!!!
Pelo amor....

Rachel disse...

oi, meu pai precisa de um advogado no escritório que saiba ler, escrever e falar corretamente? rs

amiga,adorei a história, mããs .. o correto também não seria Durepox? =) adoooro encher o saco! beijos

Verena Ferreira disse...

Rachels, é DUREPOXI mesmo!
Pesquisei na caixinha antes de colocar aqui! hahahaha

Anônimo disse...

A verdade é que você curtiu por alguns instantes o pequeno grande ADEVOGADO, heheheheheh! Mas fiquei feliz em ver que a idéia do LUIZÃO resolveu o seu probleminha doméstico. Quanto a surpesinha no bolso, foi só um começo de outras para você AMOR!

Anônimo disse...

Antes de criticar a vida alheia, faça algo que preste.
Antes de começar a criticar os defeitos alheios, enumere ao menos dez dos teus.
Um mal jornalista pode chegar a ser um bom crítico, pela mesma razão que um péssimo vinho pode chegar a ser um bom vinagre.
Criticar os outros é algo muito perigoso; nem tanto pelos erros que você pode cometer ao criticar, mas pelo fato de você poder estar revelando algumas verdades a seu respeito.