domingo, 27 de julho de 2008

Juno e eu


Ultimamente tenho ficado deprê com bastante freqüência. As coisas não vão bem: é o malabarismo com a grana do mês, os desafios do trabalho, o pai que não gosta das filhas, a mãe que só chora, a irmã mais nova que preocupa... Enfim, tem dias que parece que todos os problemas do mundo são meus e que não faço idéia por onde começo a tentar resolvê-los.

Em um desses inacabáveis dias, convoquei as meninas aqui de casa para uma sessão de cinema libertadora. Escolheríamos um filme bem "manteiga derretida" pra chorar com os problemas dos outros e não com os nossos - a saída perfeita! Eis que surgiu uma opção despretensiosa: Juno!! Indicado a 4 Oscar e muitos comentários positivos, filme de adolescente, comédia.. blá blá blá. Só não sabia que veria um dos melhores filmes dos últimos tempos.

Comunicação, entendimento e escolhas - tudo o que mas precisamos na vida - é o assunto central do filme. A esperta e ácida Juno MacGuff, 16 anos, engravida de seu melhor amigo depois de uma única noite juntos. Esclareço que a "pontaria" do menino impressiona menos que sua cara de criança - um dos detalhes da escolha do casting que mais me deixou assustada.

Com uma ironia sutil e ao mesmo tempo corrosiva, a personagem assume-se despreparada para o "fardo" de mãe e decide dar a criança para adoção. Até aqui nada de muitas surpresas - adolescente, grávida, adoção.. coisas comuns por aqui né? O diferencial, no entanto, mora nos diálogos incríveis. Leia-se aqui com MUITA ênfase: as frases rápidas e espertas são perfeitas - em inglês, claro - já que a legendagem dá conta de destruir os sentidos das frases... Vivendo normalmente com seu barrigão na escola, Juno encontra em um jornal (sim! os jornais servem para alguma coisa além de embrulhar frutas na feira) o casal perfeito e inicia uma inesperada convivência com os futuros pais de seu filho. Tudo com muita esquisitice regada a uma trilha sonora incrível. Daqui pra frente é só assistindo mesmo...

Sem exagero, Juno é o tipo de filme que eu assistiria toda semana. É sensível, honesto e inteligente como poucos. O filme, com suas várias pitadas de esquisitice, soube melhorar uma noite "daquelas" aqui em casa. Aprovetei e notei que nem todos os problemas do mundo estão em mim! Tenho solução ainda...


Foto: Divulgação.




5 comentários:

Regina Valente disse...

Oi Vê! Não vi esse filme, mas ouço comentários dos mais diferentes... tem gente que fala mal, aí vejo vc elogiando. Preciso assistir pra tirar minhas conclusões...ehehe.
Quanto a sentir-se triste, angustiada... fique tranquila. Não é privilégio seu! hahaha... tudo passa, de qq modo. Tenha paciência e, acima de tudo, resiliência. é a palavra da vez...
beijão!

Anônimo disse...

Nossa,então quem vê pensa que a sua irmã caçula é uma adolescente desmiolada né?! hahaha só vcs mesmo viu.
E eu num gostei muito do filme não viu =~
saudade sem fim.

Larissa Saram disse...

Filme lindo!Um dos melhores que já vi!
Não tá fácil né, Serininha!?Pelo menos você continua com bom-humor...Já ajuda taaaanto!
Bom,eu nem vou tentar te consolar...Acho que, no momento, não sou a melhor pessoa para isso!
Alô,Rafa?hahahahaha

Beijos

Unknown disse...

Amore, realmente o filme é ótimo e a trilha sonora nem se fale, fico na dúvida quanto a Oscar, mas tudo bem

e que bom que vc percebeu que nem todos os problemas do mundo são seus gata!!!!!!
bjosssss

Anônimo disse...

olha só, alguma alma boa tinha acabado de devolver a cópia menos danificada. viva a ladeira pra chegar até a locadora!