sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bons conselhos.

Talvez seja a hora de esquecer aqueles rompantes de busca pela felicidade ininterrupta. Aquela busca ofegante por uma felicidade que lhe complete tanto a ponto de você sorrir para o resto da vida. Acabar de vez com a sensação de falta de ar, o medo da solidão, a vontade seguida de frustração de abraçar o mundo e não conseguir. Chegou o momento de dizer a verdade: nada é bom. É impossível sorrir 24 horas por dia e (prepare-se para ouvir:), na maioria das vezes, você é a única pessoa que se importará só com você pelo resto da sua vida – sem intervalos e exceções. Sim.

Talvez seja verdade que a culpada pela infelicidade é essa suprema exigência por uma felicidade que ninguém nunca segurou na mão por mais de alguns minutos. Por isso, recomenda-se fortemente que você pare de caçar essa felicidade dessa forma doentia. É importante que o desejo de encontrar amores perfeitos, trabalhos perfeitos, palavras perfeitas, horários perfeitos, luas perfeitas, corpo perfeito seja deixado para trás. Pare de pedir insistentemente por um final feliz, para as histórias de amor, para o sucesso profissional incondicional e irrestrito. Acostume-se com o que você tem e, com sorte, terá alguns desses momentos sublimes e perfeitos em suas próprias mãos. Não há nenhum mistério.

Os momentos alegres duram no máximo 10 minutos e se vão.

E você? O que vai fazer nos seus próximos 10 minutos de suprema felicidade?

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“Ninguém é feliz. Com sorte, a gente é alegre”

do Filme "A Suprema Felicidade", de Arnaldo Jabor.

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