quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

segredo de justiça

A semana foi pesada com dois ou três pianos para carregar nas costas e uns pares de incêndios para apagar. Resolveu um a um os quiproquós, fazendo os malabarismos necessários para cumprir todos os itens de sua lista de pendências. Tudo com menos pesar e sem descuidar do brilho nas bochechas.
E agora i-sso. Não deu tempo de ver de onde i-sso veio. ((Confessa, no entanto, que seu sorriso enlargueceu alguns centímetros)).
Desde então, não conseguia mais mirar um ponto único e dar a ele a atenção devida. Os olhos deitados no horizonte, preguiçosos, lentos, borboleteando pelo escritório. A memória caçava o fio que ficou perdido. Faltava uma peça. Não achou...
Ensaiou prestar atenção. Tinha que tentar, é corporativo. Respirou um ar profundo e buscou ordenar e concatenar a massa cinzenta. Mas tudo que via eram letrinhas embaralhadas de notícias policiais, em que os termos "segredo de justiça" e "foro privilegiado" estavam na moda. E na-da, nada no mar de incerteza. Não conseguiu se achar. E a busca tem que continuar?
Focou na palavra "segredo de justiça" da notícia. Esse era o s-eu segredo de justiça. E achou bonito.

2 comentários:

Fernanda Doniani disse...

Segredo de Estado também serve.
(Acho que sei o que você pode pedir ao pular a primeira onda no ano novo)

Verena Ferreira disse...

Queeeeeeeeeeeee??? Vai ter onda então?