quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Quando Laura não vê estrelas no céu, ela se desespera até o último fio de cabelo. Ontem mesmo, buscou uma estrelinha que fosse na sua janela gigante da sala e não achou. Pensou que fosse um sinal, um sinal de que não teria estrelas no dia de amanhão, depois e depois e na vida também.
De fato, estava assustada com mudanças em sua vida e a falta de estrelas no céu lhe dizia que, apesar de um dia bonito poder pintar amanhã, a insegurança existia e estava sublinhada de negro bem forte. Sentia falta de ser amada e elogiada sem nada em troca. De ver o sol brilhar forte e o arco-íris com 7 cores facilmente visíveis. Pesou a falta das pessoas mais próximas, de abraços calorosos e beijos sinceros, palavras de incentivo verdadeiras, de segurança nos sentimentos das pessoas, de pisar sem ser em ovos com casca fina. Pensou em falar besteira sem medo do que os outros vão pensar, não escolher palavras, não ter vergonha de uma música ou filme que gosta e de expressões de sua terrinha. Queria não viver limitada às paredes grossas da obrigação, ao sorriso forçado para agradar um ou outro, as convenções criadas por pessoas com medo. Desejou não ter que fechar os ouvidos para coisas erradas e não poder berrar quando vê algo errado achando que isso vá ajeitar as coisas.
Sim. Laura vivia no mundo da lua. E, quando saiu, reagia como outra pessoa qualquer: cegava para as atitudes consideradas "corretas" e perdia o tino para lidar com a realidade. Mas, como outro ser qualquer, voltava à luz depois de uma boa noite de sono.
Boa noite então...

4 comentários:

... disse...

...

Marcel Jabbour disse...

Aposto que Laura vai se dar bem no final. De verdade.

Virgínia Ribeiro disse...

Ei querida, meu beijo foi muito sincero...
E lá vai outro:
Bjão!

Anônimo disse...

Falta de coisas sinceras? Magoou!