quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quando o próprio amor vacila

Tem dias que a gente revive o passado, rememora alguns ex-amores, pensa nos momentos da infância, vê um filminho passar mesmo na cabeça. Não é?Pois é. Hoje tô nessa. Por isso, vasculhei umas antigas pastas de músicas e fiquei muito feliz em encontrar essa precisosidade, interpretada pela Bethânia. Sozinha, lavando roupas no tanque, sorri.

*

Quando o próprio amor vacila

Eu sei que atrás deste universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada
Nas xícaras sujas de ontem o café de cada manhã é servido Mas existe uma palavra que não suporto ouvir, e dela não me conformo
Eu acredito em tudo, mas eu quero você agora
Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida
Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas
Amo teu jogo triste
As tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo
Eu amo a tua alegria
Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência Até pelo que você poderia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te banhado nas águas do equívoco
Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo, quando,sozinha, bordo mais uma toalha de fim de semana
Eu te amo pelas crianças e futuras rugas
Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos inúteis
Amo teu sistema de vida e morte
Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual
Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras
Eu te amo desde os teus pés até o que te escapa
Eu te amo de alma para alma E mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defenda, quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis,
quando o próprio amor vacila


2 comentários:

Rachel disse...

puta merda que linda essa música. queria ter um áudio aqui para sair correndo na internet e procurá-la. nossa, incrível Verenet´s! mandou bem nos teus pensamentos e lembranças! bjo ;)

Larissa Saram disse...

Suspiros...