domingo, 6 de julho de 2008

Como é bom ser criança - fica na barriga pra depois nascer...


Hoje é dia de mais lembrança. Em meio a uma preocupação e outra, surge uma imagem da infância na memória. É bom lembrar e registrar bem para que a rotina estafante não a faça esquecer de tudo. Sua gente. Suas origens.
Pensou nas coisas mais divertidas: amarelinha, mãe-da-rua-colorida, jack’n pô, stop!, fly-si-si-olá, pé na lata, pimponetá-petá-petá-ferrugem. Gostava mesmo era do caça à bandeira, dos elásticos nos dedos, e de andar calçada sim-calçada-não no calçadão da cidade antiga.
Riu um riso que gostava de ouvir. Há tempos não ouvia esse som. Ninguém entendia. Mesmo assim, foi além: lembrou com extrema alegria das partidas de super trunfo com primos mais velhos, do jogo da verdade, das casinhas de barbie com direito à piscina, do café-da-manhã surpresa no dia das mães. Ta ta – também tinha café no dia dos pais, mas era mais difícil de enganar o pai. O gato-mia, o ski-bunda com caixas de papelão, a casinha da árvore e o pula elástico também estavam na lista de diversões que relembrava. Não podia esquecer do babaloo-é-califórnia-califórnia-é-babaloo, do a-cela, dos banhos de mangueira com direito à toboágua nos dias quentes demais e do escorregador na rampa da casa da vó com o tapete velho e esfarrapado, banho de mangueira com direito à toboágua...
Suspirou e voltou ao trabalho.
"Como é bom ser criança: fica na barriga pra depois nascer"

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