segunda-feira, 30 de março de 2009

poucas palavras

Essa sensação de estar no caminho errado, tomando atitudes tortas, a persegue.
Quando dá a hora de decidir, titubeia e não consegue. Fica amolecida, sorri, vê você no pensamento, vem você no sonho. E depois, assustada, tenta desatar o nó, mas já não é cabível.
Poucas palavras, sintonia (?), intensidade, incertezas, medos e tudo aquilo que faz parte. Pra onde ir? Onde ver você?
Gordas saudades.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sim, preciso dar um jeito de arrumar o caos que sou.

coisas sem sentido:

- Salada de Buffet sem palmito
- Chope quente e vinho gelado
- Garçom mal humorado
- Música baixa
- Livro de auto-ajuda
- Livraria sem sofá
- Celular desligado
- Filme dublado
- Viagem sem mala
- Café sem açúcar
- Fechadura em loja 24 horas
- Reggae sem praia
- Futebol sem torcida
- ??

terça-feira, 24 de março de 2009

primeiro beijo

Tudo começou com uma paixonite aguda que fervia o sangue novinho em folha. Do alto de seus 12 anos, a dança lenta com ele fazia tudo parecer uma novela das seis, cheia de enfeites, babados e fuxicos. Francis Giovani era lindo de morrer, como tudo naquele salão de debutantes repleto de flores, docinhos e parentes. De uma forma ingênua, os olhares furtivos, caras e bocas, tentavam se esconder da multidão, mas era impossível.
Sem perceber, estava descobrindo o que acontecia dentro do corpo quando a paixão chega. Coração palpita forte que parece que vai escapar do peito. Pressão arterial sobe uma montanha russa sem fim. Lábios molhados se agitam com vontade. Mãos suam. O corpo fica a ponto de bala. Tudo vai explodir em volta. Seu primeiro beijo chegou ao mesmo tempo que a ingenuidade desavisada ia embora.
Já tinha passado pelo primeiro salto alto, a primeira balada sozinha, a primeira vez que usou a maquiagem da irmã mais velha, até mesmo o primeiro copo de cerveja... Nada se comparava com Francis Giovani beijando seus lábios. Mal sabia que muitos primeiros beijos viriam (e muitos primeiros beijos) - um melhor que o outro.

sexta-feira, 20 de março de 2009

bons motivos

Porque ela queria ser musicista, escritora ou nuvem. Porque, desde criança, separava roupas, cadernos, carros e pessoas por cores - gostava mais do verde. Porque nunca gostou de cães e preferia os passarinhos. Porque tinha três irmãs, um sobrinho e infinitas saudades. Porque esperava que tudo fosse lindo e fácil de resolver. Porque ela sempre sonhou em rabiscar na parede suas frases preferidas, sem se preocupar com a sujeira. Porque ela queria guardar tudo de bom dentro de uma caixinha e levar consigo pra sempre. Porque tinha medo de esquecer as boas lembranças ao fechar os olhos. Porque ela esperava que tudo fosse ser perfeito.
Mas não é.
o mundo, eu sei, não é esse lá-á.


sem caber de imaginar, até o fim raiar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Earth hour

Chegou a hora. O papo é sério. Você pode escolher entre duas coisas:

( ) Terra
( ) Aquecimento Global

E aí? Qual é a sua?

terça-feira, 17 de março de 2009

futuro que não me agrada

Hoje a sensação é a de que tenho semeado um oco com relação a você. Mesmo te amando de uma forma que me escapa, suspiro pra te tornar possível em mim. E não quero conseguir, porque me dói. (É que me assusta lembrar de você todos os dias e não ter seu rosto por perto pra afagar como antigamente).
Daí que um pesar maldoso desenha minhas feições quando me dou conta de que não consigo dizer aos outros o quanto você me faz falta. (E ninguém parece querer ouvir). E, por isso, ando escondendo o sangue pisado e negando sua aproximação - uma aproximação que nunca foi embora e que, quando se retira, leva consigo as palavras.
O jeito é imaginar que você está apenas em uma viagem por terras diferentes e que, em breve, vai aparecer na minha vida, me levar pro estádio no domingão e falar sem parar sobre como você sabe da vida mais que eu - enquanto eu finjo que concordo com você.
Volta logo, pai.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Papo Dilouco - 7ª Edição

O programete do meu querido amigo Marcel Jabbour tá na área, ou melhor, no ar.
Dono do Diletra (www.diletra.blogspot.com) - sobre detalhes engraçados do futebol - o malandro, apesar de engrossar as massas da arquibancada corintiana / ninguém é perfeito, néam?!, é gente boa. E além de tudo Marcelzão virou colunista do Chongas (www.chongas.com.br)!!!!! Não é pra qualquer um!
Basta gostar de futebol e de dar risada. Su-ce-sso! Quem entrar lá, assistir e comentar ganha um tapinha nas costas do nosso astro: Jabbour.


Serena da assessoria.

As pilhas de pensamentos já não cabem no armário; as infinitas dúvidas transbordam da cabeça, escapam das mãos. Qualquer dia, qualquer hora - tudo está em uma outra dimensão.
A impressão que o futuro foi agora, que tudo é invenção, está no ar. Será?
Mas não...
Eu sei pelo sentimento, pelo envolvimento, pelo coração...

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Com ajuda de Lenine.
;)

quarta-feira, 11 de março de 2009

ainda menina

Bastou colocar os dois pés na areia fofa pra deixar pra trás os quiproquós, perrengues e mal olhados do todo dia. Tinha tudo ali, no bolso: vento e coração batendo fortes, um punhado de hemoglobina a todo vapor no sangue e vários sorrisos dispostos a aparecer com frequência.

Foi quando deixou escorrer na sua memória a lembrança de sua mania de, ainda menina, colecionar conchinhas de praias lindas como aquela. E, em nome dos velhos tempos, saiu à cata delas. Passo ali, passo acolá. E não mediu formas, tamanhos e aparência - deixou esse fardo para os adultos chatos. Pegou tudo de mais lindo que viu pela frente. A ideia era colecionar o máximo de lembranças, tudo que pudesse carregar.

E sentiu saudade da saudade que tinha daquela penca de conchinhas em suas mãos ainda pequenas. Sorte da mala, que volta pra casa cheia delas.

sábado, 7 de março de 2009

a gente ri, a gente chora e joga fora o que restou.
a gente ri, a gente chora e comemora o novo amor.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tive vontade de dizer. Tinha cansado de resistir aos meus impulsos, às circunstâncias. Impulso de falar o que sinto. Foi por isso que, na aeronave, rumo a dias trabalhosos e suados e já voando sobre nuvens gordas, peguei o celular e liguei.
Eu te amo.
Foi tudo que saiu dos meus lábios. Meu coração explodiu de excitação por eu poder tirar de um dos seus cantos a velha frase já empoeirada.
Eu te amo e tudo que preciso nessa vida pra ser feliz é jogar tudo pro alto e estar ao seu lado.
Agora sim, tudo podia dar errado: o avião pode cair, o chefe pode brigar, o evento pode dar errado, a chuva pode cair e o sol queimar até dizer chega, eu posso ter uma morte súbita. É que agora estou com aquela felicidade de dar gosto – felicidade de quando estamos à beira-mar com o vento batendo nos cabelos.

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Aí eu acordei de um sono profundo.